Comitiva vai ao Litoral e analisa aspectos ambientais da Nova Ferroeste

07/07/2021
Técnicos do Ibama e do Ministério da Economia percorreram o trajeto entre Curitiba e Paranaguá nesta quarta-feira. Acompanhados de integrantes do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário, eles observaram alguns pontos da BR-277, antes de chegar ao Porto de Paranaguá. A análise faz parte do cronograma de visitas técnicas de acompanhamento para a obtenção das licenças prévias referentes ao projeto da Nova Ferroeste. A Serra do Mar é o ponto mais sensível do projeto no aspecto ambiental. Esse conjunto de montanhas vai do Espírito Santo a Santa Catarina. No Paraná, a serra passa por áreas de 11 municípios, cinco deles da Região Metropolitana de Curitiba e seis do litoral. A secretária de Apoio ao Licenciamento Ambiental e à Desapropriação, Rose Hofmann, do Ministério da Economia, destacou que este bioma é um dos mais delicados em toda a extensão do projeto.// SONORA ROSE HOFMANN.//

A primeira parada foi no km 10 da BR-277, em Paranaguá. Esta área vai receber um pátio com quase quatro quilômetros de extensão para o armazenamento e a distribuição dos contêineres, de acordo com o destino e o tipo de produto. Os especialistas observaram a área localizada em uma estrada de terra, próxima à rodovia. O projeto da Nova Ferroeste prevê uma nova descida para os trilhos, que partem do Oeste do Estado e passam pelos Campos Gerais. No primeiro ano de funcionamento pleno, a Nova Ferroeste deve descarregar no Porto de Paranaguá cerca de 26 milhões de toneladas de produtos para a exportação. Volume que tornaria inviável a utilização dos trilhos já existentes. Para o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, o volume de carga gerado nos próximos anos precisa de uma nova estrutura que permita maior velocidade no transporte. Ele explicou que a escolha da área da Serra do Mar por onde vai passar a ferrovia foi definida com base no Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral.// SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES.//

No Litoral, a comitiva esteve também no Terminal de Contêineres de Paranaguá e na empresa Portos do Paraná. Nesta visita foram avaliados aspectos ligados à legislação ambiental e aos impactos decorrentes da construção da nova estrada de ferro. Jonatas Trindade, Diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, ressaltou a importância de acompanhar de perto o projeto durante seu planejamento.// SONORA JONATAS TRINDADE.//

Nesta quinta-feira, a comitiva segue para Guarapuava e Cascavel. Parte do trecho será feita de helicóptero. Os integrantes vão sobrevoar a Serra do Mar, a Serra da Esperança, o traçado atual da Ferroeste e a aldeia Kaigang, em Laranjeiras do Sul. O projeto prevê a ampliação e modernização do traçado atual da Ferroeste, que liga Cascavel a Guarapuava. A nova estrada de ferro vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e terminar em Paranaguá, somando 1.285 quilômetros. Os trilhos vão entrar no Paraná por Guaíra e seguir até Cascavel, onde se encontrarão com a ferrovia já existente. Lá também será o destino de um ramal previsto até Foz do Iguaçu. De Cascavel, a Nova Ferroeste desce em direção à Região Metropolitana de Curitiba e contorna a Capital, até descer a Serra do Mar para chegar ao Porto de Paranaguá. A ferrovia vai passar por 41 municípios do Paraná e será o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres do País em volume de carga, com valor estimado em 3% do PIB nacional. Outros detalhes podem ser conferidos em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)