Comercialização de ostras e mexilhões é proibida temporariamente em Guaratuba

29/07/2024
A comercialização e o consumo de moluscos bivalves, que englobam ostras, mexilhões, vieiras e berbigões, estão proibidas temporariamente na Baía de Guaratuba, no Litoral. A determinação foi publicada pela Secretaria Estadual da Saúde na sexta-feira (26), após a Adapar detectar a presença de uma toxina acima dos limites máximos nos moluscos. A substância, chamada ficotoxina ácido ocadáico, é produzida por microalgas marinhas que servem de alimento dos moluscos. Ainda que ela não cause mal às ostras e mexilhões, elas podem provocar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia nas pessoas que os consomem. Das duas amostras coletadas pela Adapar, uma registrou a presença de 183,8µg/kg da substância, acima do limite máximo, que é de, permitido para o consumo, e outra esteve dentro do limite, com 157,5. O monitoramento é feito a cada três dias e novas amostras devem ser enviadas ao laboratório nesta segunda-feira para verificação. Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, afirmou que as análises devem se intensificar nas próximas semanas. // SONORA RAFAEL GONÇALVES DIAS //

A proibição será mantida até que novos exames apontem queda na presença da toxina. Até lá, caso seja constatada a comercialização irregular dos bivalves provenientes da região da Baía de Guaratuba, os produtos são apreendidos pela Vigilância Sanitária. Os primeiros sinais da proliferação excessiva das algas produtoras da toxina é a mudança da coloração do mar, que fica avermelhado. O fenômeno, que é temporário, pode ser causado por mudanças nas correntes marítimas e das condições climáticas. Desde o início das investigações, os produtores de Guaratuba já tinham suspendido ostras dos meios de cultivo por iniciativa própria, por segurança. A mesma medida foi tomada pelos órgãos competentes de Santa Catarina, onde também foi verificado o fenômeno. (Repórter: Gustavo Vaz)