Começa no Paraná a colheita da segunda safra de milho

02/06/2021
Os produtores de milho no Paraná iniciaram a colheita da segunda safra 2020/21. No entanto, a estiagem prejudicou e a previsão é de redução de 13,4% no volume em comparação ao ciclo anterior. A análise está no boletim de conjuntura agropecuária elaborado pelo Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 29 de maio a 02 de junho.
Edmar Gervásio, analista de milho no Deral, explica que a previsão de redução na colheita se deve, sobretudo, à estiagem que atingiu o Estado desde o ano passado. //SONORA EDMAR GERVÁSIO//
Essa mesma situação de seca severa comprometeu também a qualidade do produto, destacou Edmar. //SONORA EDMAR GERVÁSIO//
Segundo o analista, historicamente, a colheita da safrinha de milho começa no final de maio //SONORA EDMAR GERVÁSIO//
Edmar Gervásio conclui que a expectativa é que as chuvas ocorridas nos últimos dias aumentem a umidade e ajudem a estancar as perdas de produção. //SONORA EDMAR GERVÁSIO//
A última avaliação dos técnicos do Deral indica que o feijão ocupa área de 254 mil hectares, que deve resultar em produção de 310 mil toneladas. Caso se confirme a produção reduzida, ainda assim será superior em 16% ao volume de 2020.
O boletim também destaca a informação sobre os custos de produção do cultivo de soja, que sofreram elevação próxima a 32%, em comparação com maio de 2020. Um dos itens que mais pesaram é o fertilizante, responsável por 37% no cálculo. O aumento deve-se à restrição da oferta devido à pandemia e à desvalorização do real frente ao dólar.
A produção do trigo também teve o custo elevado em 37%. Como na soja, os gastos com fertilizantes foram fundamentais. A ele se somou o gasto com operação de máquinas. Ambos foram muito influenciados pela valorização do barril de petróleo, triplicado em relação a maio de 2020.
O documento também faz uma análise do comportamento na comercialização das cinco principais frutas nas Ceasas do Paraná. Ao abordar a pecuária leiteira, há um alerta para os produtores que precisam ter cautela e profissionalismo no momento em que o custo de produção se eleva rapidamente.
Por fim, analisa os custos na avicultura de corte, em que a alimentação é o fator que tem mais peso, particularmente devido ao aumento nos preços de milho e farelo de soja. O boletim ainda traz comentários a respeito das exportações de carne suína.
O informe completo pode ser conferido em www.agricultura.pr.gov.br . (Repórter: Flávio Rehme)