Com tecnologia e investimentos, Polícia Científica do Paraná é referência no País

01/06/2021
No Paraná centenas de famílias vivem diariamente o drama de ter um parente ou amigo desaparecido. Como receber a notícia de que um corpo pode ser da pessoa que você perdeu? Como cruzar provas, perícias e outras evidências na busca por um desfecho? A resposta está na Ciência, mais especificamente na Ciência Forense. Ligada à Secretaria de Segurança Pública do Paraná, cabem à Polícia Científica as perícias de criminalística e médico-legal. O órgão atende todo o sistema de Justiça, como o Ministério Público, Tribunal de Justiça, Justiça Federal, Polícia Federal, Secretaria de Justiça, Trabalho e Família do Estado, dentre outros, prestando aproximadamente 100 mil serviços de Criminalística e Medicina Legal por ano. De acordo com o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, a Polícia Científica do Paraná ilumina o caminho daqueles que buscam a verdade e a justiça pela ciência.// SONORA LUIZ RODRIGO GROCHOCKI.//

A técnica forense age nos processos de modo científico, utilizando métodos reconhecidos mundialmente na busca da resolução de atos criminosos. São da alçada das Ciências Forenses a Antropologia Forense, a Toxicologia Forense, a Química Forense, a Engenharia Forense, a Psicologia Forense, dentre outras. O trabalho do Instituto Médico Legal, um dos braços da Polícia Científica, consiste em fornecer laudos técnicos, embasados na medicina legal, com a finalidade de contribuir para o julgamento de causas criminais. Além do trabalho de necropsia, popularmente conhecido como autópsia, o IML do Paraná conta com diversos laboratórios científicos no trabalho de identificação de corpo, por meio das ciências forenses. O IML é composto hoje por 18 sedes em todo o Estado e cada uma delas tem uma equipe de médicos legistas que atua no exame de necropsia para o apontamento da causa da morte. O diretor do Instituto Médico Legal do Paraná, André Ribeiro Langowiski, explica que a medicina legal coleta vestígios que estão no corpo da vítima. Essa coleta pode levar a uma evidência, ou a identidade do acusado.// SONORA ANDRÉ RIBEIRO LANGOWISKI.//

Assim como o trabalho do IML é essencial no funcionamento da Polícia Científica o Instituto de Criminalística, braço imprescindível no trabalho integrado. Segundo o diretor do Instituto de Criminalística, Mariano Schaffka Netto, o objetivo do trabalho consiste em explicar o que aconteceu, ou seja, a materialidade do crime, bem como quem o cometeu, a autoria.// SONORA MARIANO SCHAFFKA NETTO.//

Através desses laudos apresentados pelo Instituto de Criminalística o Juiz não só decide se a pessoa deve ser punida ou não, mas também o tamanho da pena. Em abril de 2021, quatro unidades da Polícia Científica que prestavam atendimentos somente de medicina legal passaram a contar com os serviços do Instituto de Criminalística. Os serviços estão nas sedes de Jacarezinho, União da Vitória, Paranavaí e Apucarana. Um avanço na resolução de crimes nessas regiões que necessitavam de perícia técnica. O Governo do Estado fez também investimentos em equipamentos e na contratação de profissionais especializados. Os peritos atuam no atendimento em locais de morte, perícias em objetos e veículos envolvidos em crimes, entre outros. (Repórter: Edson Thomaz)