Com foco no mercado, cartilha cria orientações de rastreabilidade do pinhão

09/07/2024
Com objetivo de oferecer ao mercado consumidor um produto com garantias de qualidade, pesquisadores do Paraná elaboraram um protocolo com orientações aos produtores de pinhão. A cartilha determina boas práticas na coleta, transporte, beneficiamento, identificação e rastreabilidade dos pinhões. O documento foi elaborado por pesquisadores do IDR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Embrapa, Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Curitiba, Instituto Federal do Paraná e Senar, que integram o Programa de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Curitiba, o Pró-Metrópole. Além de orientar sobre as melhores maneiras de manejo e comercialização para um produto com maior valor agregado, o protocolo também cria métodos que podem ser usados para a criação de um selo de Indicação Geográfica do pinhão paranaense no futuro.
Além de ser um produto importante do ponto de vista cultural, o pinhão também tem um papel relevante na economia regional. De acordo com dados do IBGE referentes a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, o Paraná produz cerca de 4 mil toneladas de pinhão por ano, o que representa praticamente um terço de toda a produção nacional do produto. O valor da produção paranaense de pinhão é de cerca de 20 milhões de reais. A cartilha foi desenvolvida pensando nos produtores que querem incorporar práticas que ajudem a oferecer um produto com garantias de qualidade ao consumidor final. O documento, por exemplo, orienta que o pinhão maduro é melhor de ser comercializado do que o pinhão ainda verde, porque tem mais sabor e uma textura mais agradável. No entanto, quanto antes este pinhão maduro chegar ao mercado, maior vai ser a qualidade dele. Se a coleta for feita com varas ou por escalada das árvores, o ideal é que as pinhas estejam maduras fisiologicamente, ou seja, estejam verdes, mas com pontos escuros. Nestes casos, a pinha vai se abrir naturalmente entre 7 e 15 dias de armazenamento. Por ser uma iniciativa pioneira, o protocolo ainda pode ser atualizado ou ajustado conforme a demanda dos produtores. Saiba todos os detalhes no site da Agência Estadual de Notícias, www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Victor Luís)