Com foco nas mudanças climáticas, UEM pesquisa povos ribeirinhos da Amazônia
29/08/2024
Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá retornou nesta quinta-feira de uma série de atividades de campo em nove comunidades ribeirinhas do Estado do Amazonas, na região Norte do Brasil. O objetivo é elaborar planos de adaptação às mudanças climáticas para as pessoas que vivem às margens de rios em áreas rurais, e que dependem dos ecossistemas fluviais para as atividades produtivas de subsistência, como a pesca, a agricultura, o transporte e o abastecimento de água. O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais da UEM. As atividades são coordenadas pela professora Evanilde Benedito e envolvem o pesquisador de pós-doutorado Matheus Maximilian Ratz Scoarize, a estudante de doutorado Taís da Silva Siqueira e a estudante de mestrado Mariana Albuquerque de Souza. A expectativa do grupo é retornar para as comunidades no primeiro semestre de 2025, com as informações sobre os planos de ação para eventos climáticos extremos. Durante um mês, a equipe acadêmica percorreu uma área rica em biodiversidade, nos municípios de Anori, Beruri e Tapauá, ao longo do Rio Purus, na região da Reserva Biológica do Abufari e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, no centro-sul amazonense. As atividades também foram realizadas na comunidade do Lago Catalão, às margens do Rio Negro, em Iranduba, na região Metropolitana de Manaus. Os ribeirinhos vivem em casas flutuantes e em palafitas, que são moradias erguidas sobre pilares fixados no leito do rio. O grupo coletou dados sobre as condições ambientais, socioeconômicas e culturais de centenas de ribeirinhos e promoveram oficinas participativas com os moradores, sem perder de vista a preservação das tradições e dos modos de vida das populações ribeirinhas. Para a professora Evanilde Benedito, os eventos extremos recentes têm afetado as comunidades amazônicas em vários aspectos, desde o social até o econômico. // SONORA EVANILDE BENEDITO //
Segundo o biólogo Matheus Scoarize, os relatos dos ribeirinhos demonstram como as secas e cheias severas impactam a realidade local. // SONORA MATHEUS SCOARIZE //
Ele destaca que a programação foi pensada para que os moradores possam refletir sobre como os eventos climáticos estão impactando e devem afetar com mais intensidade as comunidades nos próximos anos. // SONORA MATHEUS SCOARIZE //
Esse é um dos 39 projetos apoiados pela Iniciativa Amazônia+10, uma ação voltada para a pesquisa e a inovação tecnológica na Amazônia Legal, região que abriga o bioma Amazônia e compreende nove estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: Acre; Amapá; Amazonas; Maranhão; Mato Grosso; Pará; Rondônia; Roraima; e Tocantins. Ao todo, a iniciativa mobiliza 19 estados e o Distrito Federal, com um investimento total de 52 milhões de reais para estudos colaborativos. O Paraná participa de oito ações, todas apoiadas pelo governo estadual. (Repórter: Victor Luís)
Segundo o biólogo Matheus Scoarize, os relatos dos ribeirinhos demonstram como as secas e cheias severas impactam a realidade local. // SONORA MATHEUS SCOARIZE //
Ele destaca que a programação foi pensada para que os moradores possam refletir sobre como os eventos climáticos estão impactando e devem afetar com mais intensidade as comunidades nos próximos anos. // SONORA MATHEUS SCOARIZE //
Esse é um dos 39 projetos apoiados pela Iniciativa Amazônia+10, uma ação voltada para a pesquisa e a inovação tecnológica na Amazônia Legal, região que abriga o bioma Amazônia e compreende nove estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: Acre; Amapá; Amazonas; Maranhão; Mato Grosso; Pará; Rondônia; Roraima; e Tocantins. Ao todo, a iniciativa mobiliza 19 estados e o Distrito Federal, com um investimento total de 52 milhões de reais para estudos colaborativos. O Paraná participa de oito ações, todas apoiadas pelo governo estadual. (Repórter: Victor Luís)