Com chancela da Organização Mundial da Saúde Animal, Paraná entra para zona livre de peste suína clássica independente

27/05/2021
Além de área livre de febre aftosa sem vacinação, a Organização Mundial da Saúde Animal confirma nesta quinta-feira mais um reconhecimento internacional ao Paraná: o de zona livre de peste suína clássica independente. O anúncio será feito durante a Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, em Paris, na França. De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, será possível vender a carne paranaense para mais países, fazendo com que bilhões de dólares entrem na economia do estado, gerando milhares de novos empregos e mais rende à população.// SONORA RATINHO JUNIOR.//

A classificação confirma definitivamente o Paraná fora de um grupo atualmente formado por 11 estados, garantindo vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional. Chancela que permite aos suinocultores paranaenses ganhar volume. No ano passado, por exemplo, foram produzidas no Paraná 936 mil toneladas de carne suína, um aumento de 11,1% comparativamente a 2019. Rendimento que garante a vice-liderança no setor, atrás apenas de Santa Catarina, responsável por 29% do total nacional. Segundo o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, o Paraná pode sonhar com a liderança no setor. Ortigara explica que o Paraná é agora um bloco independente e está isolado de problemas que possam acontecer na divisa com o Norte e parte do Nordeste que não são livres. Com isso, o Paraná será mais agressivo no comércio mundial.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

O reconhecimento internacional foi concedido ao Paraná em 2016 pela OIE, mas ainda estava pendente a chancela como zona única, a chamada independência. Em dezembro de 2019, o Ministério da Agricultura já tinha publicado uma instrução normativa que reconhecia o Paraná como área livre peste suína clássica. A medida foi adotada porque a Zona Livre Específica da qual o Paraná fazia parte estava sob risco iminente de perder esse status sanitário devido ao registro de focos da peste suína em Alagoas, próximo à divisa com o Sergipe. A peste suína clássica está erradicada no Paraná desde 1994, quando o Estado foi reconhecido oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, como área livre da doença. Ocorre que desde 2005, a OIE decidiu que a partir de 2015 adotaria o sistema de reconhecimento regional para essa doença, a exemplo do que já faz com doenças aviárias e a febre aftosa. Entre as medidas adotadas pelo Estado desde então estão a investigação na área de sanidade das granjas de suínos, com a realização de sorologia epidemiológica nos animais; a adoção de um sistema de proteção baseado na vigilância, auditável, com apoio laboratorial e também foram implementadas medidas de biossegurança no sistema produtivo. (Repórter: Rudi Bagatini)