Com aval do Ministério da Saúde, Paraná receberá lote extra com 90 mil vacinas para região da fronteira
13/07/2021
O Ministério da Saúde sinalizou positivamente para o pedido do Paraná de receber um lote adicional de vacinas contra a Covid-19 para atender as regiões de fronteira com Argentina e Paraguai, repetindo o protocolo usado em relação ao Mato Grosso do Sul. A confirmação foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça-feira, no Palácio Iguaçu, durante reunião virtual do Fórum Nacional de Governadores. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, também participaram do encontro. A remessa extra será de cerca de 90 mil doses e permite completar a imunização com a primeira dose de todas as pessoas com mais de 18 anos dos municípios de Foz do Iguaçu, Barracão, Guaíra e Santo Antônio do Sudoeste. A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é que as vacinas complementares estejam à disposição da população paranaense ainda neste mês, no qual o Ministério da Saúde planeja distribuir 41 milhões de doses. Na reunião, o governador frisou que a possibilidade da entrada de novas variantes aumenta a necessidade de atenção por parte do poder público. Beto Preto destacou que a medida busca coibir o avanço da variante delta nas regiões fronteiriças. // SONORA BETO PRETO // Durante a reunião, o Ministério apresentou o novo cronograma de chegada e distribuição de vacinas contra a Covid-19 para este trimestre. Além das 41 milhões de doses previstas para esse mês, a estimativa da pasta aponta para 68 milhões em agosto e 71 milhões em setembro. A ideia, a partir deste mês, é de apresentar aos estados um calendário semanal de previsão de novas doses. Atualmente a distribuição é feita a partir de notas técnicas já definitivas do Ministério da Saúde, sem antecipação das informações. Também durante o encontro, o ministro reforçou o posicionamento contrário em relação à aplicação de produtos desenvolvidos por laboratórios diferentes durante as duas doses. O assunto veio à tona após o uso da vacina da AstraZeneca em gestantes e puérperas com comorbidades ter sido suspenso pelo Ministério da Saúde no início de maio em decorrência de uma recomendação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O mesmo pedido vale para o imunizante da Janssen. A decisão veio após a morte de uma gestante que havia recebido o imunizante no Rio de Janeiro, que posteriormente se confirmou como decorrente de uma reação da vacina de origem anglo-sueca. Beto Preto explicou a questão da vacinação para adolescentes de 12 a 17 anos e falou da metodologia aplicada para gestantes aqui no Paraná. // SONORA BETO PRETO // Um grupo do Ministério aprofunda ainda os estudos sobre a diminuição do período de intervalo entre a aplicação das duas doses das vacinas da Pfizer e AstraZeneca. Os governadores decidiram que em ambos os casos vão seguir um caminho único, em consenso com a determinação do PNI, o Programa Nacional de Imunizações. (Repórter: Gustavo Vaz)