Com apoio do Estado, bióloga desenvolve kit de diagnóstico rápido de câncer de mama

08/03/2024
Segundo dados do Inca, Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade entre os cânceres e entre mulheres. Em 2021, foram mais de 18 mil mortes causadas pela doença no Brasil. Dos casos registrados, 41% deles só foram descobertos quando já estavam em estágios avançados, ou seja, o maior desafio da saúde pública é fazer com que os diagnósticos ocorram mais cedo. Essa é uma das missões da startup Hyla Biotech, que busca criar um dispositivo capaz de detectar o câncer de mama de forma mais rápida, pouco invasiva e com baixo custo. O projeto foi criado pela bióloga Maria Luiza Ferreira dos Santos, aluna de doutorado da Fiocruz. A Hyla Biotech é o primeiro projeto spin-off da Fiocruz no Brasil, aproveitando as experiências da instituição para desenvolver e comercializar produtos ou serviços inovadores. O produto consiste em um kit de diagnóstico por meio de um biossensor que identifica a presença ou ausência de um tumor em até 30 minutos, sendo necessário apenas uma amostra do sangue do paciente. A ideia é que ele seja utilizado ainda na fase de rastreio e triagem da doença, nos primeiros atendimentos em hospitais e unidades básicas, e que após a confirmação do câncer a paciente seja encaminhada para fazer exames mais aprofundados e iniciar o tratamento. O projeto está em fase de validação analítica, com estabelecimento de parcerias para conseguir amostras sanguíneas de pessoas com câncer de mama e fazer testes de eficácia do produto. A próxima etapa é a de validação clínica. Depois disso, o modelo ainda precisa passar por aprovação da Anvisa e da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde para que possa ser inserido no SUS. O projeto surgiu quando Maria Luiza, em conjunto com seu orientador, investigavam porque, com tantas pesquisas e terapias avançadas em relação ao câncer de mama, muitas mulheres ainda morrem em decorrência da doença.// SONORA MARIA LUIZA FERREIRA DOS SANTOS.//

A partir disso, os dois começaram os trabalhos para criar um dispositivo que conseguisse detectar a doença de maneira precoce, por meio de uma amostra de sangue. O desenvolvimento do produto começou em 2019, mas a startup só foi criada em dezembro de 2022. Para financiar e ajudar no desenvolvimento do produto, a Hyla Biotech se inscreveu no programa Paraná Anjo Inovador, lançado no ano passado pela Secretaria estadual da Inovação, Modernização e Transformação Digital. A startup foi uma das 71 empresas contempladas na primeira fase do programa, com um aporte financeiro de até 250 mil reais. Segundo Maria, o Paraná Anjo inovador vai ajudar a empresa a manter a equipe e comprar os insumos necessários para as próximas etapas.// SONORA MARIA LUIZA FERREIRA DOS SANTOS.//

Mais detalhes em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)