Cianorte e Maringá, no Noroeste, são principais polos de confecções na região

28/10/2020
O Paraná se destaca na produção brasileira de confecções. O Estado tem regiões especializadas em diferentes segmentos dentro da indústria do vestuário, como a moda masculina, no Sudoeste, e a confecção de bonés, em Apucarana. Há também a indústria têxtil, no Noroeste do Estado, concentrada principalmente em Cianorte e em Maringá. De acordo com dados da Federação das Indústrias do Paraná, o segmento industrial de confecção, têxtil e artefatos em couro é composto por 4.738 empresas e gera 65 mil e 900 empregos. É o terceiro segmento da indústria do Paraná em geração de empregos, perdendo apenas para o ramo alimentício e da construção civil. Segundo Admir Nahban Filho, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Cianorte, são 15 mil empregos diretos gerados pelo segmento.// SONORA ADMIR NAHBAN FILHO.//

A história da cidade no segmento começou a ser desenvolvida há cerca de 40 anos, com a criação das primeiras indústrias de confecção. A região é reconhecida no cenário brasileiro de moda, tanto é que acontece em Cianorte a Expovest, maior feira atacadista do Brasil que duas vezes por ano lança para lojistas de todo o país e do Exterior as coleções de primavera/verão e outono/inverno. Entre as maiores empresas de Cianorte do segmento têxtil está a Be Eight. De acordo com Alexandre Nabhan, diretor industrial do grupo, a empresa é familiar e tem 22 anos de história. O grupo fabrica cerca de 100 mil peças por mês, sendo o jeans o carro-chefe. Alexandre ressalta que mesmo tendo sentido os efeitos da pandemia, hoje a empresa já verifica uma retomada de mercado.// SONORA ALEXANDRE NABHAN.//

Antonio Recco é um dos pioneiros quando o assunto é o segmento de vestuário em Maringá. Há 41 anos ele criou a Recco, uma das mais renomadas empresa do setor de lingeries do país. Além de atender todo o mercado nacional com lojas próprias e franquias, a Recco exporta parte da produção. A empresa tem 600 funcionários e está com 60 vagas em aberto. Antonio destaca a importância do Paraná para a empresa.// SONORA ANTONIO RECCO.//

Também no ramo de lingeries está a Mondress, de Maringá. Criada em 1991 por Adilson de Assis e a esposa Ivone Celestino, hoje a empresa tem no corpo gestor dois dos três filhos do casal. Monica Assis cuida, ao lado do pai, da gestão da empresa. Como vem se repetindo em quase todas as indústrias do segmento, as vendas do setor despontaram nos últimos meses, mesmo com a pandemia. De acordo com Monica Assis, são produzidas cerca de 11 mil peças por mês na fábrica. A empresária reforça a importância do consumo dos produtos locais.// SONORA MONICA ASSIS.//

O Governo do Paraná lançou o programa Feito no Paraná. O projeto busca dar mais visibilidade para a produção estadual. O objetivo é estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses. Empresas interessadas em participar do programa podem se cadastrar pelo site www.feitonoparana.pr.gov.br. (Repórter: Amanda Laynes)