Chuva acima da média em outubro impacta nas operações portuárias no Paraná
21/10/2021
Nos primeiros 15 dias de outubro, a chuva já superou a média comum para o mês, em todas as regiões do Estado, de acordo com o Simepar, Sistema Meteorológico do Paraná. A previsão para esta segunda quinzena é de que chova ainda mais. A umidade, que é positiva para os recursos hídricos e para a agricultura, nos portos gera saldo negativo na movimentação, principalmente dos granéis sólidos. Isso porquê a natureza desse tipo de carga - de fertilizantes, açúcar, milho, sacaria, soja em grão e farelo – fica suscetível à umidade. Se molhados, os produtos estragam. Por isso, quando há sinal de chuva as operações param. O comandante do navio manda fechar os porões até que tenha segurança para abri-los novamente, sem prejuízo à carga. Segundo os dados da Diretoria de Operações da Portos do Paraná, até o último dia 20 de outubro as paralisações por chuva no embarque dos granéis sólidos de exportação – soja, farelo e milho –, pelo Corredor Leste, já equivalem a um período de onze dias. Para se ter uma ideia, no ano passado, nos 31 dias de outubro não chegou a parar nem dez dias por causa da chuva. Se comparados os mesmos primeiros 20 dias do mês de outubro de 2020 e 2021, o aumento do tempo de parada nos embarques dos produtos, por conta da chuva, é de cerca de 77%. Em 2020, o tempo de paralisação de 1º a 20 de outubro foi de 6 dias. No sentido contrário do comércio internacional, ou seja, na importação, os impactos de tanta água acumulada também se refletem. Entre todos os adubos que são descarregados pelos Portos do Paraná, apenas a ureia opera com garoa. Os demais não podem ser operados sob umidade. As operações que seguem normalmente, mesmo com chuva, são os embarques e desembarques de contêineres, veículos, carga geral e dos granéis líquidos que ocorre pelas tubulações e os tanques permanecem fechados. (Repórter: Felippe Salles)