Caso de zika em gestantes no Paraná alerta para a remoção de criadouros do Aedes aegypti

28/04/2020
O boletim epidemiológico divulgado nesta semana pela Secretaria da Saúde do Paraná alerta para a confirmação de três casos de zika, sendo um deles o de uma gestante de 30 anos, no município de Cambé, no Norte do Estado. O caso é autóctone, ou seja, contraído no local onde a paciente mora, e foi diagnosticado no primeiro trimestre de gravidez, após o resultado de exame sorológico cruzado para dengue e zika. A gestante está bem e segue com acompanhamento pré-natal na rede pública de saúde. O zika durante a gravidez é preocupante, pois o vírus pode ser transmitido para o feto e levar a lesões cerebrais e neurológicas irreversíveis. A possibilidade desta transmissão só pode ser verificada entre a 18ª e a 20ª semana de gravidez, com exame de imagens. Os outros dois casos de zika confirmados no Estado são de Assaí, também autóctone, e de Curitiba, considerado importado. De acordo com o secretário da Saúde, Beto Preto, as medidas de prevenção e controle da zika são as mesmas da dengue e Chikungunya, já que elas são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.// SONORA BETO PRETO//
O boletim semanal da Secretaria estadual da Saúde confirma 142.098 casos de dengue no Estado. São com 13.693 casos a mais em relação à publicação da semana passada. Este período de monitoramento da doença começou em julho do ano passado e segue até julho deste ano. No Paraná, são 338 municípios com casos confirmados e 111 óbitos registrados por dengue. Os casos notificados passam de 278 mil e atingem 370 cidades. Estão em epidemia 216 municípios. Em situação de alerta estão 26 municípios e cinco entraram nesta semana. Em relação a Chikungunya, o Estado tem sete casos confirmados, sendo um deles registrado no informe desta semana, na cidade de Andirá. Todos são casos importados e foram contraídos em outros estados. Além da recomendação para a remoção mecânica dos criadouros, a secretaria estadual da Saúde também vai distribuir aos municípios, nesta semana, 15 mil litros do inseticida Cielo, enviados pelo Ministério da Saúde. A distribuição é por meio das Regionais de Saúde, de acordo com análise epidemiológica e do índice de infestação do mosquito nos municípios. (Repórter: Priscila Paganotto)