Case mundial, Floresta Metropolitana recebe indígenas do Canadá para intercâmbio

09/05/2024
A comunidade de indígenas da Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região de Curitiba, recebeu nesta semana a visita de 18 estudantes brasileiros e canadenses para uma experiência de intercâmbio cultural. A iniciativa faz parte da segunda edição do programa Collaborative Field Experience, da Uninter, feito em parceria com as instituições canadenses FNUniv, First Nations University, e University of Regina. Durante a visita, eles conheceram os costumes e tradições das etnias que moram na Unidade de Conservação, assim como os métodos de preservação praticados pelas comunidades. A gestão do complexo ambiental é compartilhada entre o IAT e as comunidades indígenas locais. A bióloga do Instituto e gerente da Floresta Estadual Metropolitana, Ana Letícia Lowen, destacou que o intercâmbio traz experiências novas aos nativos canadenses. // SONORA ANA LETÍCIA LOWEN //

No grupo de 18 universitários estavam oito estudantes da FNUniv, todos de comunidades indígenas do Canadá, e 10 estudantes da Uninter, dos quais cinco também são indígenas. Professora de relações étnico-raciais da Uninter e uma das coordenadoras do projeto, Karina Santos lembrou que a comunhão dos povos por meio da Floresta Metropolitana pode ser um marco na relação indígena pelo mundo. // SONORA KARINA SANTOS //

Por meio de um Termo de Cooperação formalizado em 2022, a unidade passou a ser administrada pelo IAT junto com as etnias Caingangue, Guarani, Avá-Guarani e Tukano, representadas pelo Instituto e Centro de Formação Etno Bio Diverso Ângelo Kretã. A estrutura chegou a ser case global da ONU no ano passado. Eloy Nhandewa, indígena da etnia Guarani Ñandeva e um dos responsáveis por guiar os visitantes, disse que pretende passar a cultura local de convívio harmônico com a natureza. // SONORA ELOY NHANDEWA //

Além do intercâmbio, o IAT começou um curso de manejo das abelhas sem ferrão, dentro do programa Poliniza Paraná. Oito indígenas de diferentes famílias que moram na Unidade se inscreveram para as aulas, que vão até esta sexta-feira. O curso é ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. A intenção é que cada uma das famílias receba um dos meliponários do programa. O Poliniza Paraná é um programa que consiste na construção de jardins para criação de abelhas sem ferrão em diversas cidades. (Repórter: Gustavo Vaz)