Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, lidera produção de porcelanas no Brasil

06/10/2020
Campo Largo, município da Região Metropolitana de Curitiba, é o maior polo brasileiro na produção de porcelanas. O segmento é mais um a integrar o projeto Feito no Paraná, criado pelo Governo do Estado para dar visibilidade e valorizar empresas e produtos paranaenses.
A região se especializou neste tipo de produto e abriga 20 indústrias de porcelana, decorativa e de cerâmica. O presidente do Sindicato da Indústria de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica, Louça e Porcelana no Paraná, Sindilouças, Fábio José Germano da Silva, informa que são cerca de três mil empregos diretos gerados pelo segmento.
Silva afirma que, muitas vezes, a importante produção de cerâmica de Campo Largo é mais conhecida nos demais estados brasileiros que pelos próprios paranaenses. Ele completa que a porcelana feita no Paraná é tradicional, de alta qualidade e saber que é feita em Campo Largo agrega valor aos produtos.
Uma das mais tradicionais indústrias da cidade é a Schimidt. A empresa, fundada em 1945, tem uma fábrica operando desde 1953 e hoje é uma das marcas de louças de mesa mais tradicionais do Brasil.
O gestor da empresa, Nelson Luiz Vieira de Morais Lara, destaca que antes da pandemia, 50% da produção era destinada a bares, hotéis e restaurantes. O restante era subdividido entre mercado, lojas e vendas online.
Com a pandemia, as vendas online cresceram bastante e a empresa já tem negócios fechados até o ano que vem. //SONORA NELSON LUIZ VIEIRA DE MORAIS LARA//
A guinada das vendas permitiu que a empresa mantivesse todo o quadro de funcionários mesmo com a pandemia. Hoje, são 570 pessoas trabalhando na Schimidt, produzindo cerca de 1 milhão e cem mil unidades por mês.
Outra empresa referência na produção de porcelana no município é Germer. Criada em 1978, a fábrica emprega cerca de 500 pessoas e produz em média um milhão de peças por mês.
De acordo com o diretor comercial Juliano Rodrigues Alves, as vendas da empresa também se inverteram após a pandemia.(Repórter Flávio Rehme)