Broca-da-erva-mate exige controle e bom manejo do erval ao longo de fevereiro

16/02/2024
Fevereiro é o mês do combate à broca-da-erva-mate, uma das principais pragas dos ervais, conhecida também como besouro corintiano devido à coloração branca e preta. As larvas do besouro constroem galerias no tronco da erveira, o que impede a circulação normal da seiva, prejudica o desenvolvimento da planta e pode acarretar na morte do pé de erva-mate. O alerta sobre o prazo para o combate à praga é feito pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Instituto de Desenvolvimento Rural, Embrapa Floresta, Conselho Gestor de Erva-Mate e outras entidades ligadas ao setor florestal do mate. A broca está presente em toda a região de erva-mate, especialmente em ervais antigos. Os besouros aparecem em dois períodos do ano. Primeiro em novembro, quando emergem os filhotes, e em fevereiro, época de acasalamento dos insetos. Para identificar a ocorrência da praga no erval, é preciso estar atento a alguns sinais. A fase adulta da broca, mais fácil de ser identificada em campo, é um besouro que mede aproximadamente 2,5 centímetros de comprimento, com o corpo de coloração geral preta, recoberto por pelos brancos. Já na fase larval, quando ocorre o dano, as brocas estão alojadas nos troncos das erveiras e, durante o processo de broqueamento, a larva vai compactando atrás de si a serragem, sendo possível identificar a presença em função da serragem no pé da erveira. O impacto da praga é menor nos ervais bem manejados. Árvores sombreadas e que recebem periodicamente adubação orgânica ou química têm maior resistência ao ataque. É recomendado que os ervais sejam adubados a cada ciclo de colheita, para repor os nutrientes do solo. A melhor forma de controlar a broca nos ervais é o uso do Bovemax, produto biológico desenvolvido pela Embrapa Floresta e registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária. O Paraná é o líder nacional em produção de erva-mate, com 763 mil toneladas em 2022. Os 132 municípios que produzem em escala comercial registraram um bilhão e 200 milhões de reais em Valor Bruto de Produção. Os principais produtores são Cruz Machado, São Mateus do Sul e Bituruna. (Repórter: Felippe Salles)