Boletim agropecuário comenta produção de arroz no Paraná

15/01/2021
O Paraná tinha produção significativa de arroz até meados do século passado. Hoje, o volume está reduzido, mas o produto ainda se estende por 21 mil e 100 hectares e garante renda para famílias. Esse é um dos assuntos do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 9 a 15 de janeiro.
Há duas formas de plantio de arroz: o irrigado e o de sequeiro. O primeiro é mais comum em áreas de várzea, onde a água favorece o desenvolvimento do grão. O segundo é semeado em terras mais altas e secas. Esse fica mais exposto a perdas, sobretudo em razão de estiagens.
Para a safra 2020/2021, os produtores paranaenses plantaram 2 mil e 600 hectares de sequeiro e 18 mil e 500 em área irrigada. A produção prevista é de aproximadamente 148 mil toneladas, repetindo o resultado da safra anterior. Esse volume não é suficiente para atender a demanda do Estado. Por isso, há necessidade de o arroz vir de outras regiões produtoras, notadamente de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Até 1975, o Paraná tinha produção significativa de arroz de sequeiro, com o plantio consorciado ao café. Por ter pouca área irrigada, a cafeeira era uma boa opção. No entanto, a forte geada ocorrida nesse ano desestimulou a cafeicultura. A rizicultura, que já começava a definhar, seguiu o mesmo caminho. O florescimento da cultura da soja reduziu ainda mais a produção no Estado e nem mesmo o aumento do preço deve estimular uma retomada.O economista Methodio Groxho, responsável pela cultura do arroz no Deral, explica a variação do preço do arroz. //SONORA METHODIO GROXHO//
No caso do varejo, o preço médio subiu até 73%, passando de 15 reais o pacote de 5 quilos para 26 reais. É possível que haja uma pequena redução com o início da colheita no final deste mês.
O boletim também registra que as lavouras de milho da primeira safra 20/21 começam a entrar na fase final de desenvolvimento, com 13% da área total estimada em 359 mil hectares em maturação e 58% em frutificação.
A soja foi beneficiada com as chuvas a partir de meados de dezembro e 82% das lavouras estão em boas condições, 13% em estado razoável e apenas 3% são consideradas ruins. O percentual é importante se levar em conta que até um mês atrás o volume em condições boas era de 77%.
A análise da cultura do trigo destaca o decréscimo de 38% na importação em 2020, em relação a 2019, baixando de 681 mil toneladas para 422 mil.
O documento fala ainda sobre as vendas externas brasileiras do segmento de fruticultura, durante 2020, que alcançaram 1 milhão de toneladas com 1 bilhão de dólares de receitas. Em suinocultura, também é feita análise sobre a exportação brasileira e paranaense, que conseguiu um recorde de 136 mil e 700 toneladas.
Por fim, o boletim semanal aborda as condições da lavoura de feijão e fala sobre a produção brasileira e paranaense da batata-doce.
O Boletim completo pode ser conferido em www.agricultura.pr.gov.br . (Repórter: Flávio Rehme)