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Agosto foi um mês de clima seco no Paraná, com poucas chuvas e temperaturas acima da média. A seca aumentou os focos de incêndio na zona rural. Segundo o Boletim Agrometeorológico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, as chuvas ficaram muito abaixo da média histórica. O maior acumulado foi no Litoral, com 77 mm em Guaraqueçaba, enquanto Ubiratã, no Oeste, registrou apenas 7,2 mm. As temperaturas máximas ficaram de 1º a 3º C acima da média em quase todo o Estado, com exceção do Litoral. Cambará teve a maior temperatura média, 29,1°C, e Palmas a menor, 19,4°C. As temperaturas mínimas variaram bastante, sendo Jaguariaíva a cidade mais fria, com 7,2°C, e Loanda a mais quente, com 16,3°C. Em agosto, duas massas de ar polar atingiram o Paraná, provocando geadas de diferentes intensidades. A primeira, de 9 a 14 de agosto, foi mais fraca, enquanto a segunda, entre 25 e 29 de agosto, foi mais intensa, principalmente no Sul do Estado. A menor temperatura registrada foi de -2,7°C em Pinhão, no dia 26. A colheita da segunda safra de milho foi praticamente concluída, beneficiada pelo tempo seco, mas a estiagem reduziu a produtividade. A semeadura da primeira safra já começou, com 18% das áreas plantadas, mas geadas afetaram algumas lavouras. A soja começou a ser semeada por alguns produtores, mas a maioria espera melhores condições. A colheita do trigo também começou, porém as condições climáticas adversas reduziram a produtividade. Apenas 36% das lavouras foram classificadas como boas. Culturas de inverno, como aveia, canola e cevada, sofreram perdas devido à seca e geadas, e a colheita do café avançou para 98%, mas com grãos pequenos e leves. A fruticultura também foi impactada, com perdas na produção de laranja, morango e maracujá. A colheita da cana-de-açúcar seguiu favorecida pelo tempo seco, mas adversidades climáticas podem reduzir os rendimentos. Hortaliças, como alface e tomate, sofreram perdas significativas com as geadas, e as pastagens foram prejudicadas pela seca e o frio. (Repórter: Gabriel Ramos)