Banco do Agricultor Paranaense marca nova aposta do Estado no agronegócio

27/04/2021
O Banco do Agricultor Paranaense, programa de financiamento para empresários do campo lançado nesta terça-feira pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, é estratégico para o Estado dar um novo salto e se tornar ainda mais protagonista no agronegócio mundial. É um programa voltado ao desenvolvimento sustentável, a inovação tecnológica e a melhoria da competitividade dos produtos paranaenses. O Paraná é uma das principais potências agrícolas do Brasil e o programa é uma aposta em uma das principais vocações dos municípios, que é a integração entre o campo e o ritmo da cidade. O Estado tem um dos melhores solos do mundo, diversidade climática, pequenas e médias propriedades, um sólido sistema cooperativista, apoio técnico de entidades públicas e da academia, portos eficientes e emprega, há muitos anos, estratégias modernas de produção e gestão. Segundo o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o programa é uma aposta ousada e inédita no País para subsidiar modernizações e resolver gargalos históricos, como a irrigação no Arenito Caiuá. Ortigara disse que o Estado está reservando recursos para facilitar e baratear o dia a dia dos produtores rurais, principalmente daqueles pequenos que têm aspirações de crescimento. O agronegócio paranaense, de acordo com Ortigara, emprega milhares de famílias e tem margem para crescer com sustentabilidade e responsabilidade.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o agronegócio respondeu por mais de 120 bilhões de reais, ou 34% no PIB total do Paraná em 2020. Ou seja, de cada 100 reais produzidos num ano, 34 reais tem a ver diretamente com o agronegócio. O campo e suas vertentes também respondem por 80% do esforço exportador do Paraná, com balança comercial superavitária. O Estado é o terceiro maior exportador do agro, com mais de 13% do total. No País, o campo já produz mais de um trilhão de reais. O agronegócio representa cerca de 21% do PIB e é relevante sob o ponto de vista do emprego, da renda e do valor agregado à produção de máquinas, implementos, equipamentos, fertilizantes, pesticidas, combustíveis e outros insumos, além do valor agregado no processamento agroindustrial. Ortigara destaca que o Paraná é protagonista em diversos setores. Um deles é o de grãos. Com mais de 41 milhões de toneladas por ano, é o segundo maior produtor do País, com mais de 15% do total.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//

O agronegócio paranaense tem vertentes especializadas em diversos outros grupos. O Estado é o terceiro maior produtor de açúcar e o quinto de etanol; é o principal polo produtor de fécula de mandioca, largamente usada nas indústrias alimentícias; o terceiro maior produtor de tabaco, gerando renda para 30 mil famílias; e produz 85% dos casulos de seda do Brasil, cujos fios ocupam posição de destaque na indústria mundial da moda.
Além disso, tem a mais completa e organizada cadeia de produtos florestais, usados em energia, serraria, laminação, papel e celulose, com plantio responsável; é o principal polo produtor de erva-mate; e fundamental na cadeia da horticultura. Também é o principal polo nacional de alimentos orgânicos e conta com um sólido sistema de abastecimento a partir de produtos oriundo da agricultura familiar. Todo esse panorama reflete na geração de oportunidades, emprego e renda. Centenas de milhares de paranaenses trabalham em indústrias que fabricam máquinas, equipamentos, insumos ou no processamento de alimentos, como em frigoríficos ou laticínios. São as bases produtivas de inúmeros municípios paranaenses. O Paraná também é sede das maiores cooperativas do Brasil. Juntas, as 217 cooperativas faturaram 115 bilhões e 500 milhões de reais em 2020, empregaram 117.500 pessoas e exportaram 4 bilhões e 500 milhões de dólares. (Repórter: Rudi Bagatini)