Banco Mundial alerta para gastos com folha de pagamento no Paraná
12/06/2019
Um relatório do Banco Mundial encaminhado ao Governo do Paraná nesta semana aponta que o crescimento real da folha de pagamento de inativos, de 7% ao ano, e da folha de ativos, de 5%, superou o desempenho da receita líquida do Estado, que é de 4,4% ao ano. O estudo avaliou dados de 2007 a 2018 e destaca que este aumento se deve principalmente a reajustes salariais superiores à inflação. Este processo resultou em uma diferença entre o que é pago no setor público e no privado na casa de 35%. Como resultado deste processo, o Estado ultrapassou o limite de 60% da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal em relação a Receita Corrente Líquida ao longo dos últimos anos. Em 2017, esse indicador totalizou 61,1%. O estudo revela que nos últimos quatro anos houve queda de 1,3% ao ano na taxa de crescimento da folha de ativos, mas a despesa com inativos evoluiu 3,4%. Segundo o relatório, se a política de controle efetivo dos gastos for mantida pode haver uma economia de dois bilhões e 700 milhões de reais na folha de pagamento até 2022. A estimativa para o período entre 2023 e 2030 é de redução de 17 bilhões e 600 milhões de reais na despesa com pessoal, se adotada uma série de sugestões apresentadas pelo Banco Mundial. De acordo com a análise da instituição, a remuneração de servidores do Governo do Estado apresentou alta média de 4,3% ao ano em termos reais. Esse crescimento é explicado tanto pelo aumento do salário médio quanto do número de servidores. Outros detalhes do relatório do Banco Mundial, como o número de servidores estaduais e questões previdenciárias, podem ser conferidos no site xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)