Aves apreendidas em fiscalizações são devolvidas à natureza no Paraná
10/06/2019
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo e o Instituto Ambiental do Paraná realizaram, nesta segunda-feira, a soltura de 30 aves apreendidas em operações de fiscalização. A soltura aconteceu no Criadouro Conservacionista Onça-Pintada, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação integra as comemorações do Dia Internacional do Meio Ambiente. De acordo com o secretário Márcio Nunes, o trabalho dos criadouros conservacionistas é essencial para a preservação e a reprodução das espécies ameaçadas no Estado.// SONORA MARCIO NUNES//Para ter um animal silvestre, é preciso seguir uma série de recomendações e só é permitido comprar de criadores comerciais licenciados pelo IAP. Os profissionais do instituto estão habilitados para acolher e triar os animais silvestres apreendidos. O presidente do IAP, Everton Luiz da Costa Souza, alerta que vender, comprar ou manter animais silvestres sem autorização do órgão ambiental é crime inafiançável.// SONORA EVERTON LUIZ DA COSTA SOUZA//Desde o início deste ano, o IAP deixou de receber os animais na sede em Curitiba. A atribuição passou para a Prefeitura da capital, por meio de um convênio firmado entre os órgãos. Os animais silvestres, de apreensões e entregas voluntárias na Capital e na Região Metropolitana, são encaminhados para o Centro de Apoio à Fauna Silvestre de Curitiba, que fica em anexo ao Museu de História Natural, no bairro Capão da Imbuia. No local, eles passam por triagem, recebem atendimento clínico e sanitário e são encaminhados para que o IAP dê a destinação adequada. Segundo a coordenadora de Fauna do IAP, a bióloga Márcia Pires Tossulino, neste ano o instituto fez a soltura de aproximadamente 500 aves de um total de 900 que passaram pelo Centro.// SONORA MÁRCIA PIRES TOSSULINO//Também nesta segunda-feira, foi destinado ao Criadouro Conservacionista Onça-Pintada um macaco bugio que vai passar por reabilitação e adaptação ao novo grupo da mesma espécie, para depois ser reintroduzido na natureza. Muitos desses animais entregues são vítimas de atropelamentos ou outras situações, como abandono de filhotes por caça do adulto, além de apreensões em cativeiros ilegais. O Criadouro Onça-Pintada é mantido pela Associação de Pesquisa e Conservação da Vida Silvestre. É um espaço para receber animais ameaçados de extinção que precisam de cuidado especial e também espécies da fauna silvestre brasileira. Segundo o proprietário do criadouro, Luciano Sabóia, o local ocupa uma área de 132 hectares e possui 200 recintos que abrigam mais de mil e oitocentos animais de 160 espécies.// SONORA LUCIANO SABÓIA//A história do criadouro começou em 1995, quando Luciano Sabóia comprou uma área degradada, originalmente usada para pecuária. A cobertura vegetal foi reconstituída, mas o retorno dos animais silvestres foi lento devido ao desaparecimento da fauna nas propriedades vizinhas. Em 2002, a propriedade recebeu 12 exemplares de cotias da Prefeitura de Curitiba e, em 2003, o primeiro exemplar de onça-pintada. Também em 2003, o espaço obteve a licença de funcionamento como criadouro conservacionista. Nesta segunda-feira, outras 22 aves também foram soltas no Mantenedor de Fauna Carlos Mueller, em Campo Largo. São 14 papagaios, quatro maitacas-verde e quatro piriquitos-rico. As aves foram apreendidas pela fiscalização e, por não terem condições de retorno à natureza, foram destinadas a este local também licenciado pelo IAP. (Repórter: Priscila Paganotto)