Avanços no licenciamento ambiental e rodadas internacionais marcam ano da Nova Ferroeste

28/12/2023
O processo de licenciamento ambiental da Nova Ferroeste é pautado no desenvolvimento sustentável, uma das prioridades do governo estadual. Esse é um projeto estadual que visa a ligação por trilhos de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e Paranaguá, no Litoral, além de dois ramais partindo de Cascavel para Chapecó, em Santa Catarina e para Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira. Empreendimentos de grandes proporções como este requerem um trabalho robusto que envolve equipes de técnicos especializados e experientes. Um exemplo é a análise dos impactos nas comunidades indígenas. Entre 2022 e 2023 foram avaliadas 10 aldeias da Terra Indígena Rio das Cobras, área que convive com o trem já existente e em operação entre Guarapuava, no Centro-Sul, e Cascavel, no Oeste. Este ano também foram entregues ao Ibama as análises complementares solicitadas a partir das vistorias técnicas e audiências públicas de 2021. Representantes do governo paranaense e técnicos da Funai também vão estudar outras 18 aldeias localizadas, de acordo com a legislação federal, num raio de até cinco quilômetros do traçado proposto para a malha ferroviária. O coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, explica sobre as perspectivas. // SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES //

Em agosto, o governo também protocolou junto ao Ibama as análises adicionais pedidas pelo órgão licenciador ao Estudo de Impacto Ambiental. Do total de indicações, 27 melhorias foram incorporadas no traçado original, seis no ramal entre Cascavel e Foz do Iguaçu e 21 no trecho entre Maracaju e Paranaguá. Neste ano o Governo do Paraná também levou a ideia da Nova Ferroeste na bagagem das missões internacionais à Ásia e América do Norte e pôde avaliar o interesse dos investidores estrangeiros no projeto. A ferrovia proposta pelo Paraná tem 1.567 km de extensão e será um dos grandes corredores de grãos e contêineres de proteína animal do Brasil. O leilão deve acontecer em 2025. A empresa ou consórcio que arrematar o projeto deverá construí-lo e poderá explorá-lo por 99 anos. (Repórter: Victor Luís)