Audiência pública sobre ampliação do Porto de Paranaguá reúne mais de 600 pessoas

24/01/2019
Mais de 600 pessoas participaram da audiência pública para apresentação do projeto de ampliação do cais de acostagem do Porto de Paranaguá. Na reunião, realizada nesta quarta-feira, moradores de comunidades pesqueiras, tradicionais, indígenas e de todo os bairros da cidade conheceram e opinaram sobre o projeto. A Appa, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, apresentou os estudos de impacto ambiental e o projeto de implantação de três píeres, além da construção de um complexo náutico para recepção de navios de passageiros. Segundo o diretor-presidente da Appa, Luiz Fernando Garcia, estas são obras que preparam o Paraná para receber as 80 milhões de toneladas de carga, previstas para 2030 a 2040. Ele falou da importância de a população estar ciente destas propostas e participar das discussões.// SONORA LUIZ FERNANDO GARCIA.//

Segundo a coordenadora substituta de Licenciamento de Portos e Estruturas Marítimas do Ibama, Janaína de Souza Cunha, a audiência pública serve para dar transparência ao processo.// SONORA JANAINA CUNHA.//

A previsão é que na fase de construção as obras gerem até 600 empregos diretos. Na fase de operação, cada um dos três píeres deve movimentar 200 trabalhadores, e o complexo náutico pode chegar a 400 pessoas empregadas. Se viabilizados, os projetos preveem uma compensação ambiental, conforme a legislação. Algumas medidas para diminuir os impactos também devem ser adotadas. No trânsito, por exemplo, além da revitalização da avenida Bento Rocha e da construção do viaduto na BR 277, que já estão em andamento, estão previstas obras de revitalização da avenida Ayrton Senna e implantação de um pátio de caminhões de retorno. Também são propostos 29 programas ambientais, como gerenciamento de emissões atmosférica, ruídos, monitoramento do solo, qualidade da água e sedimentos. A Appa prevê, ainda, programas voltados para a fauna e flora, biota aquática, cetáceos, entre outros. A capacitação de mão de obra e fornecedores locais, junto com o maior controle da gestão pública relativa às demandas portuárias, seria adotada para melhorar as condições de emprego e renda. O apoio à atividade pesqueira e o monitoramento da qualidade de vida da população que mora nas áreas próximas são outras possibilidades. (Repórter: Wyllian Soppa)