Assistência técnica da Emater muda a vida de família de Pinhão, no Centro-Sul do Paraná

25/09/2019
A produção leiteira mudou a vida de Angelita e Rogério Surkamp, moradores de Pinhão, no Centro-Sul do Estado. Com a assistência técnica da Emater, o casal que vive da atividade leiteira ampliou a produtividade de 170 para 500 litros por dia, e teve um dos queijos produzidos por eles premiado no fim de semana passado. Ele ganhou medalha de ouro no quinto Concurso Nacional de Queijos, em Florianópolis, em Santa Catarina, maior e mais importante evento do gênero do Brasil. Antes do apoio, a família vivia com dificuldade na propriedade de pouco mais de 13 hectares, e a mudança começou com a participação de Angelita no programa Um Dia de Campo, promovido pelo Instituto Emater. O gado Jersey produzia pouco e Rogério trabalhava para terceiros, numa tentativa de aumentar os rendimentos da família. Depois de receber diversas informações, a produtora resolveu seguir as orientações técnicas, investiu na alimentação do gado e os resultados não demoraram a aparecer, e atualmente Rogério já pode se dedicar aos próprios negócios, junto com Angelita e a filha do casal. A orientação técnica atacou os principais problemas da propriedade, segundo o extensionista da Emater, Ivan Junior de Oliveira.// SONORA IVAN JUNIOR.//

Com as mudanças, a produção de leite e a renda começaram a aumentar. A produção de leite da propriedade é tão significativa que o casal hoje destina apenas metade a um laticínio da região. O restante é transformado em queijo colonial na agroindústria construída este ano. Segundo Angelita, ela fazia e vendia os queijos informalmente como grande parte dos produtores do município, mas resolveu aumentar a escala e legalizar a produção para comercializar o queijo na feira e nos mercados da cidade. No ano passado eles conseguiram o registro no Serviço de Inspeção Municipal e passaram a fabricar 22 quilos de queijo colonial diariamente, abastecendo o mercado local e engordando a renda da família em cerca de 40%. A meta é incrementar ainda mais a produção. Segundo eles, mercado não falta, mas no momento não há equipamento suficiente. Além disso, Angelita e Rogério ainda produzem pepino em conserva, morango, doce de leite e panificados. Angelita segue as orientações técnicas à risca e isso já despertou a atenção dos profissionais da Emater. Produtora e extensionistas estão testando a fabricação de queijos diferenciados e querem pleitear o Selo Arte para vender fora do município e do Estado. Além do queijo crioulo, ela fabrica os queijos Gouda e Parmesão. Ainda no evento de Florianópolis, outros 21 produtores do Paraná conquistaram mais 11 prêmios. O Instituto Emater incentivou a participação da maioria dos inscritos, promovendo inclusive o transporte de produtores e extensionistas, com recursos do programa ProRural. A iniciativa de participar e promover concursos de queijos artesanais faz parte de uma estratégia da equipe de agroindústria do Instituto Emater, que tem como objetivo identificar, valorizar e dar visibilidade à produção e aos saberes de muitas famílias rurais, em especial da agricultura familiar. (Repórter: Wyllian Soppa)