Arrecadação de ICMS em outubro no Paraná tem o maior crescimento de 2020

12/11/2020
A retomada mais consistente na atividade econômica trouxe reflexos positivos para as finanças do Paraná. Em outubro, o Estado registrou o maior crescimento do ano na arrecadação de ICMS em relação ao mesmo mês do ano passado, com 9,1%. O valor bruto também foi o maior do ano, atingindo o mesmo patamar de janeiro com 3 bilhões e 50 milhões de reais, ante 2 bilhões e 790 milhões de reais de outubro de 2019.
Comércio atacadista e combustíveis, setores com maior participação no bolo arrecadatório do imposto no Estado, registraram altas de 18,6% e 15,7%, respectivamente, sendo os principais responsáveis pelo resultado.
O bom desempenho ajuda a reduzir o impacto das perdas de ICMS acumuladas durante o ano: de janeiro a outubro, a arrecadação caiu 1 bilhão e 350 milhões de reais em relação ao mesmo período de 2019. Já em relação à LOA 2020, a Lei Orçamentária Anual é 1 bilhão e 310 milhões de reais menor.
A informação consta do Boletim Conjuntural elaborado pelas secretarias estaduais da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes, divulgado nesta quarta-feira. Antes publicado a cada semana, o documento passou a ser mensal após o número de empresas em operação atingir os patamares pré-pandemia. O objetivo é atualizar a sociedade sobre a atividade econômica e os impactos causados pela disseminação do coronavírus.
Em relação a vendas, o boletim ressalta que alguns setores da economia, no entanto, não repetiram o mesmo desempenho observado em setembro. Uma possível causa é a redução do auxílio emergencial do governo federal de 600 para 300 reais, o que diminuiu o poder de compra de boa parcela da população.
Embora em outubro pouco mais da metade das empresas paranaenses tenha fechado o mês com variação positiva nas vendas, no acumulado do ano registra-se o inverso: 55% dos estabelecimentos paranaenses apresentaram queda no faturamento em relação a 2019.
No mês passado, o bom resultado foi puxado pelo setor atacadista, no qual 57% das empresas registraram aumento nas vendas. Em seguida vieram a indústria e o varejo.




Sofreram quedas em outubro os setores de Vestuário e Acessórios, veículos novos , calçados e Restaurantes e Lanchonetes. Apesar da baixa, o boletim demonstra que as quedas estão mais brandas.
Por sua vez, Informática e Telefonia, Farmácias, Material de Construção e Ferragens, Hipermercados e Supermercados e Áudio, Vídeo e Eletrodomésticos acumulam altas nas vendas em 2020.
Os maiores crescimentos no mês foram de linha branca, como geladeiras, fogões, freezers e micro-ondas, colchões e fibras, fios e tecidos. A linha branca vem mantendo um aumento mensal médio acima dos 30% desde julho, num possível reflexo direto do auxílio emergencial concedido pelo governo federal.
No acumulado do ano, as maiores altas ainda são do setor alimentício, como cereais, farinhas, sementes, chás e café; frutas, verduras e raízes; carnes, peixes e frutos do mar; seguidos de produtos químicos.
As maiores baixas de 2020 concentram-se no vestuário, automóveis, caminhões e ônibus e tratores.
O Boletim completo e outras informações pode ser conferido em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias . (Repórter: Flávio Rehme)