Apreensão de drogas com uso de cães da PM aumenta em quase 1.000% no Paraná

13/05/2021
A estratégia da Polícia Militar do Paraná de ampliar o uso de cães em operações contra drogas e armas resultou em aumento de apreensões de ilícitos nos últimos meses. Segundo a Companhia de Operações com Cães, do Batalhão de Operações Especiais, quase 80 toneladas de drogas e 234 armas de fogo foram apreendidas nos últimos 16 meses. Em 2020 o total de apreensão de drogas com uso de cães foi de quase 60 toneladas, o que representou aumento de 969% em relação a 2019, quando foram registradas pouco mais de 5 toneladas. Nos primeiros quatro meses de 2021, as operações que contaram com o auxílio dos cães apreenderam pouco mais de 14 toneladas de drogas, quase 9 toneladas a mais que o ano todo de 2019. Em relação a armas de fogo o número também cresceu nas operações com cães. Em 2020 houve 186 apreensões, contra 141 efetuadas em 2019. De janeiro a abril de 2021 foram 48 armas apreendidas, quase um quarto do total do ano anterior. O subcomandante da Companhia de Operações com Cães, tenente Marcelo Henrique Hoiser, explicou que foram criados novos canis da PM no Estado, como o do Batalhão de Polícia Rodoviária, implantado na região Noroeste. Ele também ressaltou que aumentaram as operações com uso de cães, com destaque nas fronteiras e divisas. Onde houve fiscalizações que resultaram em apreensões de drogas em grande escala. Ele também ressaltou o desempenho dos cães comparado ao de humanos. Pois os animais possuem atributos como olfato apurado, visão e agilidade de locomoção. A utilização de cães de faro é específica em certas ações policiais e necessita de adestramento especial e de uma disciplina aos animais. A aplicação dos cães no serviço policial é uma maneira eficaz de superar a criatividade dos traficantes, que escondem drogas em locais incomuns e, às vezes, inacessíveis aos seres humanos. O cão é preciso, vai direto ao ponto e indica o alvo com certeza. Após o período de serviço à Polícia Militar, que dura entre seis e oito anos, o cão fica disponível para adoção. Geralmente o policial condutor do cão, que trabalhou com ele por último nas operações, adota o animal. (Repórter: Sérgio Aguiar)