Agricultura prevê ano positivo para os produtores paranaenses de maçã

30/01/2021
Os produtores paranaenses de maçã estão na expectativa de uma boa comercialização, com rentabilidade satisfatória, pelo segundo ano consecutivo. A expectativa é vender a caixa de 18 quilos da fruta entre 50 e 55 reais cada uma, quando houver mais oferta. Hoje, por exemplo, com menos oferta, a caixa de maçã está sendo comercializada em torno de 70 reais - a fruta já embalada e classificada. Considerando os custos, calculados entre 30 e 35 reais a caixa, o preço está atrativo.
Segundo o Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, o Paraná é o terceiro produtor nacional de maçã, com destaque para o cultivo da variedade precoce Eva, desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná –Iapar-Emater. Essa variedade é mais cultivada na Região Metropolitana de Curitiba - na capital e na Lapa, Porto Amazonas e Campo do Tenente. Também são destaques as variedades Gala e Fuji, mais cultivadas nas regiões de Palmas e Guarapuava, grandes produtoras. Neste ano de 2021, a safra de maçã no Paraná deve superar 32 mil toneladas, o que representa uma oferta ajustada ao consumo, por isso o preço melhor para o produtor. Desse total, 14 mil toneladas são da variedade Eva e 5 mil toneladas da variedade Gala. Na RMC, os produtores ficaram satisfeitos com produção deste ano e com a média de preços alcançados. A exceção é para a Lapa, que sofreu com a geada ocorrida em 22 de agosto. Os produtores perderam metade da safra e não conseguiram realizar a venda que esperavam. Outras 13 mil toneladas serão colhidas nas regiões de Palmas e Guarapuava, praticamente repetindo o volume colhido no ano passado. Nessas duas regiões o cultivo de maçã se dá em torno de 420 mil hectares, ocupados por cerca de 15 produtores. Apesar do preço bom ao produtor, não há previsão de aumento de área plantada com maçã no curto espaço de tempo. Isso porque o consenso entre os produtores é aumentar a produtividade primeiro, antes de pensar em novos plantios.
Atualmente, o produtor paranaense colhe entre 30 a 35 toneladas de fruta por hectare, o que dá espaço para elevar esse rendimento porque os custos permanecem os mesmos. Para conseguir faturar mais e conseguir mais sobras de caixa é necessário elevar a produtividade. Para isso, os produtores já estão trabalhando em novas tecnologias que estão surgindo como a questão nutricional das plantas. E também não descuidar da poda, que é uma prática essencial do cultivo de maçã. Outras tecnologias aplicadas é a aplicação de novos produtos para quebra de dormência da planta e pomares mais adensados, com pés de planta mais altos e copas mais adensadas. Na questão nutricional, a preocupação dos produtores é equilibrar a planta com aplicação de adubo, correções de solo, que são tecnologias que disponibilizam mais elementos para as plantas. No Paraná, os produtores podem contar com a rede de frio do IDR, Instituto de Desenvolvimento do Paraná, que mantém um armazém para capacidade com sete mil e quinhentas toneladas em Guarapuava, onde também são feitas as classificações e embalagens das frutas. Já a iniciativa privada coloca à disposição dos produtores mais câmaras frias que totalizam um adicional de 3 mil toneladas. (Repórter Rudi Bagatini).