Agosto tem chuvas abaixo da média em várias regiões do Paraná

02/09/2021
A estiagem que atinge o Paraná, e que levou o governo a decretar situação de emergência hídrica em todo o Estado, ainda não dá sinais de trégua. Em agosto, grande parte do território paranaense teve acumulados de chuva abaixo ou próximo à média, como mostra o levantamento feito pelo Simepar, a pedido da Agência de Notícias do Paraná, em nove estações meteorológicas do Estado. Em setores mais ao Norte, Oeste, parte do Centro e no Sul do Estado o deficit de chuva foi mais significativo. A maior redução no volume foi na região Norte. O acumulado no mês na estação de Londrina foi de apenas 17 milímetros, 71% a menos do que a média para agosto. A estação de Cascavel ficou 66% abaixo da média histórica, e em Maringá, houve 65% de prejuízo. No Sudoeste, onde a situação para o abastecimento é uma das mais críticas, o volume foi cerca de 60% abaixo da média. Mesmo em locais onde as chuvas ficaram mais próximas ou acima da média climatológica, as precipitações ainda não foram suficientes para corrigir o deficit hídrico. É o caso da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral. O meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib, explicou que é preciso uma sequência de meses com chuva volumosa para solucionar o problema. // SONORA REINALDO KNEIB //
Os 104 milímetros acumulados na estação meteorológica de Curitiba em agosto, 26% a mais que a média, foram importantes para não reduzir ainda mais o nível dos reservatórios que abastecem a Região, mas ainda não há sinais de estabilidade. O volume médio de água nas barragens subiu de 49,7% no início de agosto para 51,9% nesta quinta-feira, de acordo com o monitoramento da Sanepar. A chegada da primavera traz sempre a esperança de mais chuvas. Setembro é um mês de transição para a estação chuvosa. Mas a previsão do Simepar ainda é de neutralidade, já que não são observadas oscilações oceânicas que possam impactar no volume. Há sinais de chuvas pouco abaixo da média no Oeste e Sudoeste e de um volume maior nas cidades próximas a Santa Catarina. No Estado, de modo geral, é possível que o volume fique próximo ao esperado historicamente. (Repórter: Gustavo Vaz)