Adapar reforça prevenção de praga trazida por colheitadeiras

26/06/2024
A Adapar, Agência de Defesa Agropecuária, iniciou uma capacitação para servidores focada na prevenção da planta daninha Amaranthus palmeri no Paraná. O treinamento, realizado pelo Sistema Faep/Senar, começou na segunda-feira e vai até 12 de julho. As atividades acontecem no Centro de Treinamento Agropecuário da Faep/Senar em Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná. A Amaranthus palmeri, presente no Brasil desde 2015, ainda não foi registrada no Paraná, mas pode causar grandes prejuízos às lavouras de grãos. Uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes, tornando a colheita inviável se não for controlada eficientemente. Isso aumentaria o uso de herbicidas e os custos de produção, impactando negativamente a agricultura paranaense. A Adapar iniciou um treinamento para 60 servidores, divididos em quatro turmas, focado na inspeção de equipamentos agrícolas para prevenir a introdução da planta no Paraná. Renato Rezende Young Blood, chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar, destaca a importância dessa capacitação para a aplicação da Portaria Adapar nº 129/2024, que exige que máquinas e implementos agrícolas entrem no estado livres de solo e resíduos vegetais. A detecção da praga no Mato Grosso do Sul reforça a necessidade de ações preventivas no Paraná. A Amaranthus palmeri é uma das pragas de maior risco fitossanitário para o Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. A disseminação de plantas daninhas resistentes a herbicidas no país ocorre principalmente pelo trânsito de máquinas agrícolas com solo ou resíduos vegetais. O risco de introdução no Paraná é alto devido ao transporte de sementes em colheitadeiras. A Adapar mantém mais de 30 postos de fiscalização nas divisas do Paraná, onde intensifica a inspeção de máquinas agrícolas. (Repórter: Gabriel Ramos)