Adapar fortalece serviço de fiscalização agropecuária para manter status paranaense

28/05/2021
A preservação da sanidade do rebanho paranaense e a sustentação da condição sanitária do Paraná como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação contam com o intenso trabalho de servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adapar. Atuante em Unidades Locais, Postos de Fiscalização e laboratório de pesquisa, a equipe tem papel fundamental no novo desafio que o reconhecimento internacional pela Organização Mundial da Saúde Animal traz para o Estado. O próximo passo do governo estadual é investir no fortalecimento da vigilância veterinária, com a manutenção e ampliação de melhorias. Uma das principais ações após a conquista do novo status deve ser o aprimoramento sistemático dos cadastros das propriedades rurais, contemplando dados das explorações pecuárias de todas as espécies suscetíveis, incluindo o geoposicionamento e o fortalecimento dos mecanismos de controle da movimentação de animais. De acordo com o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, é importante a participação efetiva dos produtores na Campanha de Atualização de Rebanhos, que neste ano encerra-se em 30 de junho. Com isso, haverá um grande volume de informações para realizar o controle e a fiscalização do rebanho no estado e agir rapidamente em eventuais casos de focos de qualquer doença.// SONORA OTAMIR CESAR MARTINS.//

Esse processo inclui a modernização das formas de comunicação com os produtores rurais e dos sistemas on-line para a atualização de rebanhos. Atualmente, tanto a atualização quanto a emissão da Guia de Trânsito Animal podem ser feitas pela internet. Além disso, recentemente, o sistema Rede Estadual de Informações em Defesa Agropecuária recebeu um novo módulo desenvolvido pela Celepar que amplia os serviços oferecidos pelo órgão, trazendo mais agilidade e facilidade na gestão de informações. Outra importante frente de trabalho é o fortalecimento do sistema de vigilância com a realização periódica de análises e estudos para identificar as áreas e os estabelecimentos de maior risco para a introdução da febre aftosa. A previsão é que se intensifique o número de vistorias de animais nos estabelecimentos rurais, principalmente nos de maior risco, como os de regiões de divisa e fronteira, visando à ampliação da vigilância ativa. O aumento da sensibilidade do sistema de vigilância pressupõe maior participação da comunidade na notificação de suspeitas da doença. Para fazer frente a este desafio, a Adapar está investindo no desenvolvimento do Programa de Gestão de Competências, iniciativa que já mapeou e estabeleceu quatro competências institucionais essenciais a serem desenvolvidas: Comunicação, Trabalho em Rede, Trabalho em Equipe e Foco no Resultado. A vigilância engloba todo o trabalho que comprova que a área certificada não apresenta circulação do vírus da febre aftosa. De um lado, requer esforços da própria Adapar, que examina os rebanhos para investigar possíveis suspeitas. De outro, os próprios produtores precisam estar atentos para informar tais suspeitas, uma vez que a transparência e a velocidade para agir em um suposto foco são cruciais para manter a credibilidade. Em qualquer caso suspeito de doença vesicular é de notificação compulsória e imediata. Todo médico veterinário, produtor rural, transportador de animais, profissionais que atuam em laboratórios, instituições de ensino e pesquisa têm o prazo máximo de 24 horas para notificação ao serviço oficial, de qualquer suspeita de enfermidade vesicular, tendo o serviço veterinário oficial, o prazo máximo de 12 horas para efetuar o atendimento à notificação. Um pilar para evitar a reintrodução da doença é o controle de trânsito dos animais, já que a disseminação se dá principalmente no transporte dos rebanhos. Com a nova certificação, são proibidos tanto o uso de vacinas contra a febre aftosa no Estado quanto o ingresso de bovinos vacinados para propriedades rurais no Paraná - exceto para abate, única condição em que é permitido. O controle de trânsito, como explica Otamir, atua em comprovar que estas medidas estão sendo cumpridas. Ele destaca que é preciso a colaboração de todos os envolvidos.// SONORA OTAMIR CESAR MARTINS.//

A medida é válida para os bovinos. Já ovinos, caprinos e suínos nunca foram vacinados no Brasil, também como uma forma de controle da doença. Por conta dessa diferença na estratégia de imunização, essas três categorias de animais podem continuar a circular pelo Paraná vindos de qualquer Estado, mas necessitam de autorização prévia. Para viabilizar essas ações, o Governo do Estado já organizou um concurso público para contratação de 80 servidores de nível médio e superior para o quadro próprio da Agência, o que deve fortalecer ainda mais as ações de vigilância em unidades locais, postos de fiscalização e laboratório. (Repórter: Rudi Bagatini)