Adapar divulga plano de ação para monitorar planta daninha exótica

28/02/2023
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adapar, elaborou um Plano de Ação para especificar as atividades e prazos de implementação para o monitoramento do Amaranthus palmeri, planta daninha exótica de caruru, de crescimento rápido e extremamente agressiva. O trabalho prevê a união de esforços com a Universidade Federal do Paraná e a Embrapa Soja. Não há registro da praga em solo paranaense, mas já foi observada em plantações de vários municípios de Mato Grosso, desde 2015, e, mais recentemente, em Aral Moreira e Naviraí, no Mato Grosso do Sul, o último próximo à divisa com o Paraná. Relatos indicam que uma planta pode produzir de 100 mil a um milhão de sementes. Portanto, com alto potencial de disseminação nos campos de produção agrícola. Nas áreas com ocorrência, pode reduzir a produtividade de soja, milho e algodão em valores de 80% a 90%. O coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo, destaca o perigo da praga para a produção.// SONORA MARCÍLIO MARTINS ARAÚJO.//

Informações da Embrapa Soja apontam que as sementes dessa praga podem ser disseminadas, principalmente, por quedas naturais, canais de irrigação, máquinas e equipamentos agrícolas, compostos para adubação e esterco animal, além de pássaros e mamíferos. As aves podem consumir proporcionalmente grandes quantidades de sementes dessa espécie e apresentam alto potencial para sua disseminação. Já foi registrada dispersão de caruru-palmeri por pombinhas a mais de 200 quilômetros de distância. Ainda segundo o documento, as sementes não possuem estruturas de adaptação específicas à dispersão pelo vento. O Plano de Ação da Adapar busca reduzir as chances de a praga se desenvolver no Estado e, no caso de ocorrência, ter pré-definido todos os passos do monitoramento e erradicação. Estão previstas diversas metas, como capacitação de servidores para atuar no monitoramento, realização de análises para definir rotas e áreas com maior risco de introdução da praga no Estado, realização de levantamento de detecção e emissão de alerta aos Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário para reforçar o controle do trânsito de máquinas e implementos agrícolas. Segundo Marcílio, os produtores também precisam estar atentos para o controle da praga.// SONORA MARCÍLIO MARTINS ARAÚJO.//

O produtor deve realizar o monitoramento na propriedade e, em caso de suspeita de ocorrência de carurus de difícil controle e com disseminação nos campos agrícolas, comunicar imediatamente a Adapar, para que possam ser adotadas as medidas de contenção, supressão ou erradicação do foco, conforme o caso. Mais detalhes em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Felippe Salles)