Adapar apresenta ações de controle biológico da cigarrinha, praga do milho

12/04/2023
A eliminação de milho remanescente da safra anterior e a rotação de cultura são algumas das principais ações que o produtor pode tomar para reduzir a infestação pela cigarrinha do milho, uma das principais pragas que atingem a cultura desde 2019. A orientação foi dada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Adapar, nesta quarta-feira na ExpoLondrina 2023. Levantamento da Agência mostra que na segunda safra de milho de 2022 cerca de 55% da área tinha a presença do inseto vetor. A solução apresentada pela Adapar pode ser também alternativa para a redução no uso de inseticidas, afirmou o coordenador de Sanidade Vegetal da Adapar, Marcílio Araújo. Os dados do Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Paraná mostram que, na segunda safra de milho 2020/2021, foram aplicados 902 mil litros de inseticidas contra a cigarrinha. O número aumentou para dois milhões e 300 mil litros no mesmo período na safra 2021/2022.// SONORA MARCÍLIO ARAÚJO.//

Marcílio destacou a necessidade de retirada de restos de cultura remanescente, além da rotação de lavouras.// SONORA MARCÍLIO ARAÚJO.//

Uma das boas notícias é o crescimento no uso de bioinseticidas, o que deve aumentar ainda mais com o avanço das pesquisas, incluindo as realizadas pelo IDR-Paraná. Além da eliminação de milho tiguera e rotação de culturas, outras ações podem ser tomadas de imediato pelos produtores, como não semear perto de outras lavouras com sintomas de infecção, uso de sementes com maior resistência e tratadas com produtos registrados, respeito ao período de zoneamento, seguir as orientações agronômicas, manter controle de qualidade na colheita e fazer o transporte correto. (Repórter: Felippe Salles)