87% das escolas não aderem à greve do sindicato dos professores

03/06/2024
Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Educação na manhã desta segunda-feira revela que 87% das mais de 2 mil escolas da rede estadual estão funcionando normalmente, sem adesão de professores à greve convocada pelo sindicato da categoria. João Giona, diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação, explica que o cronograma escolar segue normalmente. // SONORA JOÃO GIONA //

A greve por causa do programa Parceiro da Escola foi suspensa pelo Tribunal de Justiça durante o feriado de Corpus Christi e a decisão prevê multa diária de 10 mil reais em caso de descumprimento. A votação do projeto no plenário da Assembleia Legislativa deve acontecer nesta segunda-feira. O programa tem como intuito otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante uma parceria com empresas com expertise em gestão educacional. Elas serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo das escolas selecionadas na rede e pela gestão de terceirizados. Ele também tem como finalidade principal possibilitar que os diretores e gestores concentrem esforços na melhoria da qualidade educacional, dedicando-se ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos. Os diretores, os professores e os funcionários efetivos já lotados nas escolas serão mantidos e as demais vagas serão supridas pela empresa parceira, sendo obrigatória a equivalência dos salários com aqueles praticados pelo Estado do Paraná. A gestão pedagógica seguirá a cargo do diretor concursado. O Parceiro da Escola será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo similar das consultas das cívico-militares, dentro de um processo democrático. A proposta é que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, nas quais foram observados pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar, número que corresponde a cerca de 10% da rede. O programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares. (Repórter: Gabriel Ramos)