Paraná reforça importância do monitoramento e da vacinação contra a poliomielite

24/10/2024
Correr, brincar, pular e viver uma infância plena é essencial para as crianças, mas a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, pode interromper esses momentos, comprometendo a saúde e o desenvolvimento. Neste 24 de outubro, Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a Secretaria de Estado da Saúde reforça a importância da imunização e da vigilância constante para garantir que o Estado permaneça livre da doença. A poliomielite é uma infecção viral grave que pode causar paralisia flácida súbita, afetando principalmente crianças menores de 5 anos. A vacinação é a única forma eficaz de prevenção, já que não existe tratamento específico para a doença. O Paraná já está livre de casos de poliomielite há 38 anos, enquanto o Brasil não registra a circulação do vírus há 35, e as Américas, há 30 anos. No entanto, o combate continua uma prioridade global, dada a possibilidade de reintrodução do vírus em regiões como o Brasil. De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, a partir de 4 de novembro as doses de reforço aos 15 meses de idade, que antes eram aplicadas com a vacina oral, popularmente conhecida como "gotinha", foi substituída pela vacina inativada, que é injetável. Agora, o esquema vacinal consiste em quatro doses: a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses, a terceira aos 6 meses e uma dose de reforço aos 15 meses. A dose de reforço aos 4 anos não será mais necessária, já que o esquema atual de quatro doses garante proteção adequada. Essa atualização foi feita com base em critérios epidemiológicos e recomendações internacionais. Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, destaca a importância da vacinação. // SONORA MARIA GORETTI DAVID LOPES //

Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde emitiu um alerta após a detecção de poliovírus derivado vacinal tipo 3 em águas residuais na Guiana Francesa, na fronteira com o Amapá. Esse fato reforça a necessidade de intensificar as ações de vigilância no Brasil, especialmente na detecção, investigação e coleta rápida de todos os casos de Paralisia Flácida Aguda em menores de 15 anos. A Paralisia Flácida Aguda, caracterizada pela paralisia súbita dos membros, pode ser um sinal de poliomielite e requer monitoramento contínuo. No Paraná, a meta é a notificação de, no mínimo, 23 casos de Paralisia Flácida Aguda por ano em menores de 15 anos, já que se trata de um dos sintomas da poliomielite. Após a notificação é realizado o exame de fezes e, com resultado negativo para o poliovirus na amostra, o caso é descartado. Isso garante a detecção precoce de uma possível circulação do vírus. (Repórter: Victor Luís)