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A Seção de Balística Forense da Polícia Científica do Paraná já confirmou mais de 500 compatibilidades entre projéteis e estojos encontrados em locais de crime ou armas apreendidas. Desde a implantação do Sistema Nacional de Análise Balística em 2022, o Paraná é responsável por 15% das compatibilidades no sistema, ocupando o segundo lugar no país. Entre os casos identificados pela equipe de balística, alguns ligam dezenas de homicídios a uma mesma arma, geralmente associados a ações de organizações criminosas. Também foram descobertas conexões entre crimes cometidos no Paraná e casos de outros estados, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. A investigação começa na coleta de projéteis e estojos no local do crime. Esse material é submetido a análise microscópica, e as informações obtidas são enviadas ao Banco Nacional de Perfis Balísticos, onde são comparadas com amostras de todo o Brasil. Após o processamento dos dados, o sistema gera relatórios com sugestões de registros anteriores de outros casos que possam ter similaridades com as amostras enviadas, e elimina as amostras com resultado negativo evidente. Caso uma das sugestões levantadas pelo sistema gere resultado positivo, os peritos fazem novo exame microscópico, comparando as amostras coletadas no local do crime com os padrões da arma identificada ou com as amostras de outro local de crime que tenha sido relacionado, a fim de confirmar o match entre os casos. A partir disso, é possível a produção de um laudo que é enviado para a polícia judiciária. A Polícia Científica do Paraná utiliza equipamentos de alta tecnologia para análise balística. Um dos equipamentos foi cedido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, enquanto o outro foi adquirido com investimento estadual de 3 milhões e 500 mil reais. Além disso, um microscópio de comparação balística, comprado por 1 milhão e 600 mil reais, também auxilia na confirmação das comparações de projéteis e estojos. (Repórter: Gabriel Ramos)