Em um mês, casos de coqueluche aumentaram 86% no Paraná e chegam a mil confirmações

24/10/2024
O número de casos confirmados de coqueluche subiu 86% nos últimos trinta dias no Paraná, passando de 537 para mil casos. Crianças e adolescentes são os grupos mais afetados pela doença. Se comparado a julho, o aumento foi de 880%, quando o Estado contabilizava 102 casos. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde reforçam a necessidade do cuidado e da prevenção com a vacinação. Em 2023, nesse mesmo período, haviam 11 casos confirmados e nenhuma morte no Paraná. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde, em 2019 foram registrados 101 casos de coqueluche, em 2020 foram 26, em 2021 nove, em 2022 foram cinco casos e no ano passado 17. De acordo com último boletim da coqueluche, divulgado semanalmente no site da Secretaria Estadual da Saúde, dos mil casos confirmados, 353 estão na faixa etária dos 12 aos 19 anos e 110 menores de um ano. Apesar da doença ser mais frequente nessas idades, o grupo de pessoas de 30 a 49 anos também se destaca com número elevado de casos, que somam 183. A vacinação é a melhor forma de prevenção e deve ser realizada nos primeiros meses de vida, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, com a vacina pentavalente. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. A Divisão de Vigilância Epidemiológica promove várias ações no monitoramento da doença. Existe uma busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com a vacina dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal. A recomendação é que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante. Trabalhadores da saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos devem receber a dose para maior proteção e prevenção. (Repórter: Gabriel Ramos)