Boletim agropecuário fala do Ano Internacional das Frutas e Vegetais

18/12/2020
A ONU, Organização das Nações Unidas, estabeleceu 2021 como o Ano Internacional das Frutas e Vegetais. Com isso, pretende aumentar a consciência sobre o papel que esses produtos exercem na nutrição humana, segurança alimentar e saúde, além de contribuir para a redução de desperdícios.
Considerações sobre a decisão do organismo internacional estão presentes no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Deral, o Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, referente à semana de 13 a 18 de dezembro.
O boletim elaborado pelo departamento sintetiza a decisão tomada pelas Nações Unidas, conforme diz o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, responsável pela análise da fruticultura no Deral. //SONORA PAULO ANDRADE//
Ao mesmo tempo em que observa os desafios para melhorar a produção e as interações entre as cadeias agroalimentares, se recomenda aos países perceberem o Ano Internacional como uma possibilidade para melhorar a infraestrutura e as práticas agrícolas. As Nações Unidas reforçam, ainda, a necessidade de reduzir desperdícios que, no caso de frutas e vegetais, alcança até 50% nas colheitas de países em desenvolvimento. Paulo Andrade afirma que o fortalecimento do protagonismo de pequenos agricultores e dos agricultores familiares oportuniza opções de mercado mais amplas para milhões de famílias rurais. //SONORA PAULO ANDRADE//
O boletim agropecuário do Deral também faz um comparativo sobre a variação dos preços pagos em alguns produtos da agropecuária paranaense, levando em conta a alteração de hábitos alimentares e sociais este ano em relação a 2019.
Há, ainda, análise sobre a situação das culturas de feijão e milho, destacando que, no caso da primeira, a colheita varia de 5% a 35% dependendo da região do Estado, mas as frequentes chuvas dos últimos dias já começam a preocupar. Sobre o milho, o registro é de que as chuvas ajudam no desenvolvimento das lavouras, que estão com 79% em condições boas e 16%, medianas.
O documento semanal analisa, ainda, o preço de ovos tanto para o produtor quanto no varejo e destaca o crescimento de 3,9% na produção em nove meses de 2020. O Paraná está na terceira posição, com aproximadamente 270 milhões de dúzias. Com relação à carne de frango, há registro de que o crescimento em exportação brasileira foi, até agora, de apenas 0,2% em relação a 2019. No Paraná, cresceu um pouco mais, 1,5%.
Por fim, se registra o acréscimo de 48% no preço de arroba bovina ao produtor, que se refletiu para o consumidor. Parte do aumento interno se deve à evolução de 9% nas exportações e, especificamente para a China, um volume 88% superior ao registrado em 2019. Nos produtos lácteos, também houve elevação em preço e exportação. O Boletim Semanal pode ser conferido em agricultura.pr.gov.br . (Repórter: Flávio Rehme)